Há poemas que se perdem,
não escritos, ou se quando
manuscritos, que se esquecem
no profundo das gavetas,
em cadernos, folhas soltas,
sem jamais verem o sol
de leitor ocasional.
Há amores que se escondem,
inconfessos, e ao contrário
dos amores manifestos,
não se apartam da memória
a não ser dificilmente,
mas também não vêem o sol
de beijo algum não casual.
No entanto, entre ambos prefiro
– não há dúvida – os primeiros:
mais sinceros, mais eternos.
Otto Leopoldo Winck
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