domingo, 25 de novembro de 2012



que medo alegre,
o de esperar.



tantos anúncios de
felicidade enterrados
entre meus dedos e noites
e noites crivadas de ocos de
fios no tapete de nata nos olhos
cardiolux fosforescente
da calamidade posta ali na estante
as paredes tremem solstícios
eu temo porque rio e derreto pernas
clavículas ilíaca de mim espuma das marés
escorro eu rumores todo dia que seja
este o gosto que do corpo brota fé
enquanto de aço é a hora
é a carícia é a terra na tenda das sedes
limpo da língua a areia grossa não
dorme a garganta que te bebe a vinda

Natália Nunes

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