vândalos arco-íris exilam raros tons e os bons sonhos
e jazem quase esquecidos por entre as gavetas
e as quebradas pestanas solitárias entre morsas literaturas
nada mais no céu que venha deslocar os sais muito unidos das
grutas
as teias da Pérsia, a sutileza do choro que têm as mãos
dobres e sujas de basalto e quiseras afogados
temerás a maciez do seu próprio rosto diante de catástrofes
e
lobos e berros e rostos outros estrangeiras dermes que não
vestis
e que talvez ululem com asco de brandas luas e sedas e
sabores que sejam bons e seus
se te importar lacunas, crie vulcões no teto revogue lustres
e deixe o peso sobre as cabeças do mundo derreter e desabar
depois
em chuva de enxofre e estrelas
assustando quem não sabe o que brilha e o que corrói.
Natália Nunes
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