Sou o tatu-bola da fauna brasileira...
Caminho pelo leve campo e pela linda floresta...
Com minha alma pura, doce e faceira,
Que no bosque sempre faz a maior festa!
Eu sou tatu quando estou na calmaria...
Mas quando sinto, no ar, algo perigoso,
Viro uma bola em plena harmonia...
Porém, nunca deixo de ser charmoso!
Daqui há algum tempo...
Terá copa no Brasil,
Com muito sentimento,
Neste país varonil!
Mas, o problema é que me deram um pinote...
Sem o meu, ajuizado, consentimento...
Elegeram-me como mascote...
Deste grande e confuso evento!
Eu apenas quero ser um tatu-bola...
E inventaram apelidos ridículos para mim!
Virei garoto-propaganda da coca-cola...
Por isto a vergonha não sai de dentro de mim!
Querem me chamar de Fuleco,
Jabulani, Amijubi e Zuzeco!
Mas meu nome deveria ser: Tatudeerrado...
Tem estádio que ainda é apenas cerrado.
Luciana do Rocio Mallon
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