Capitu, o que dizer dos teus olhos
Que ainda não tenham dito?
Que eram oblíquos e dissimulados
Ou duros e frios como granito,
De ressacas, em que se perderam afogados
Os homens em sortilégio maldito.
Capitu, o que dizer dos teus olhos
Que ainda não tenham dito?
Procuro na noite, de poucos acordados,
Dentro da ânsia em que me agito,
Adjetivos mágicos, sentimentos aflorados,
Mas o vocábulo, se o encontro, é finito.
Capitu, o que dizer dos teus olhos? . . .
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na
Lapa, em 27/09/2008 -
Enviado ao Rec. das Letras por jlsantos em
27/09/2008
Reeditado em 28/09/2008
Código do texto: T1198746
“Bachianas Brasileiras nº 1 – Introdução”, de Villa
Lobos, por Cellomania Croata)
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