domingo, 25 de novembro de 2012


ô força marinada, vem! encarna
em braços vísceras vulva articulações lixos corrompidos
faz andar esta que treme baba e finge que sonha
descasca a vergonha que é
não fazer jardim em plenos vinte e tantos
por tantos anos de insônias e mártires escondidos
transtorna as cinzas quebranta névoas
que mutilam aves nesse corpo
assombroso que será daqui a pouco, quando salivado
perolado cheio de oblações estandartes
já que sua força é vinda e preenche seus meios
e estreitos rosados e perversos
te estrangula os abismos agonias
as mortes paradas, a força é vinda e te abre a carne
grávida de sementes, deixa brotar: maravilha.

Natália Nunes

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