"Eu digo que é preciso ser vidente, fazer-se vidente.
O poeta se faz vidente por um longo, imenso e racional
desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sofrimento, de
loucura; ele busca a si mesmo, ele exaure em si mesmo todos os venenos, para
então guardar apenas as quintessências. Inefável tortura na qual necessita de
toda a fé, toda a força sobre-humana, onde ele se torna entre todos o grande
doente, o grande criminoso, o grande maldito – e o supremo Sábio!"
Arthur Rimbaud, “Carta do vidente”, 15 de maio de 1871.
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