O ódio bebo de dentro
pra fora.
O medo bebo de fora
pra dentro.
De noite não é o olho
que chora:
É o estouro da represa
do tempo.
meus monstros ainda os
vejo;
Eles ainda me apagam
sempre;
Mas agora só olho o
presente,
me achando de novo no
espelho.
nunca deixei de ser
muitos:
aqueles muitos que eu
não era:
os espanco onde antes
houvera:
morte sem vida sem
primavera:
delirios e pesadelos
abruptos.
E renasço da flor de
meus lutos.
Julio Almada, Do livro
poemas Mal_Ditos
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