É quando dois olhos se
seduzem
E se dizem coisas que
não caberiam às palavras.
É quando o mar pertence
a dois
E o sol nos ilumina, nos
doura e nos enfeitiça.
E quando o beijo
acontece,
Essas bocas sabem que já
foram unidas
Em desejos e vidas
esquecidas de eras longínquas.
***
Eu me deixo
pertencer-te,
Eu te entrego todo o meu
corpo para que seja teu
Nesse tempo breve e
abençoado pela eternidade.
Não quero dormir, teu
conforto é melhor que o sono.
Quero me perder em
promessas impossíveis
Enquanto meus dedos
percorrem os caracóis dos teus cabelos.
***
Eu ficarei sem ti...
Mas as estações me
trarão toda essa vida quente com o mar
E em breve seremos nós,
como agora, novamente sob o sol.
Hérlon
Fernandes Gomes (10/06/1981) é natural de Brejo Santo, uma pacata cidade do sul
cearense, da conhecida região do Cariri, um berço de cultura do estado.Começou
a escrever seus poemas na adolescência, publicando os primeiros textos em jornais
da região e periódicos do curso de Direito da Universidade Regional do Cariri,
de onde obteve o diploma de bacharel, sendo inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil, Subseção Crato. Paralelamente à carreira jurídica, o autor é amante da literatura,
especialmente da poesia, de quem se diz “apenas um instrumento usado para
transportar ao papel as emoções que podem nascer de todos os homens.”Em
2008, publicou seu primeiro livro, intitulado GEMINIANOS – POEMAS DE
DESCOBERTA, de carga confessional, passional, em que o autor disseca,
principalmente, os estágios de gozo e sofrimento do amor. Nesse mesmo ano,
começa a
escrever um blog, intitulado ARQUEOLOGIA DA ALMA (http://arqueologiadaalma.blogspot.com.br/),
espaço dedicado a dar vazão à arte que lhe mina. LÚMEN – ENTRE OS MATIZES DA
ALMA E DO CORAÇÃO é seu segundo livro publicado. Ao longo dos 150 poemas que
compõem a obra, dividida em oito partes temáticas, o autor nos convida a refletir
sobre os horrores de um mundo caótico, povoado pelo terror de guerras reais e
do ego, do artificialismo do ser; mas, sobretudo, nos alerta para que não
percamos nossa imorredoura capacidade de se apaixonar, de amar e de ter
esperanças, sempre.
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