Meu cachorro, Tchekhov, com seu latido anunciava, visita
indesejada. Deixei meu computador ligado, cigarro no cinzeiro, nem havia
acendido ainda. Fui atendê-lo, era cobrador, mais um.! Demorei um bocado de
tempo, é sempre difícil argumentar com massa muscular. Quando entro no meu
escritório, vejo meu cachorro, sentado com duas patas no teclado, o cigarro
aceso na boca, dando baforadas, ao me ver, levou um susto, saiu em disparada,
corria como seu eu houvesse falado em banho. Para minha surpresa, olhei para
tela do computador, estava escrito o titulo:
”Vida de cão” escrito em português, não em russo. Fiquei
curioso pra saber o que ele pensava, seria fecundo para um escritor saber o que
passa na cabecinha de um cachorro vira-lata, que come ração barata, e as vezes
um ossinho aos domingos, por algumas vezes tentei deixá-lo só, mas ele nunca
mais voltou a escrever, penso que sofreu um bloqueio literário.
JDamasio
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