Deixa falar, deixa falar:
basta o mistério do amor,
minha ternura tão mansa
e o teu jeito de querer.
Nós seremos como os pequenos:
sabem tanto, sem saber.
Voa o olhar no fundo olhar,
mão na mão, o amor pousou.
Tarde boa, morre calma...
Brinca o sino da igrejinha.
Alguém diz palavras velhas
como um sonho que passou.
Meu amor, a vida é grande
quando o olhar encontra o olhar:
mão na mão, o amor chegou.
- Augusto Meyer, em “Poesias (1922-1955)". Rio de
Janeiro: Livraria São José, 1957.
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