Estava sem inspiração. Fui dar andar por aí, cruzei com uma
crônica do acaso, um mendigo sentado em um banco de praça comia metade de um
pão velho a outra metade dava ao seu vira-lata, depois de alimentado, o
cachorro lábia-lhe a ferida da perna em forma de gratidão. Mais a frente , em
uma esquina, encontrei um continho, uma senhorinha sentada no meio fio da
avenida das Flores, tecia de um novelo imaginário um casaquinho de lã para
aquecer seu bebê que morrera de frio no inverno passado. Por fim, no final da
tarde, saudei um filete de luz entre duas arvores que desenhava a poesia com o
resquício do sol que aquecera minha caminhada literária. Quando me falta
criatividade, sou obrigado a escrever plagiando os fatos do dia- a-dia.
JDamasio
Rascunho
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