O homem que media terras media também o céu. Apontava
constelações. Nas noites claras colocava o teodolito no quintal e focalizava a
lua azul. Depois, erguia os filhos um a um para que os olhinhos astutos
chegassem mais perto das reentrâncias suaves de uma lua serena, azulada,
transportada diante de nós.
As mãos dele tomavam quase todo o meu peito e minhas pernas
balançavam no ar como quem nada em um mar de segredos.
Paraísos de Pedra (Editora Penalux) / Bárbara Lia
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