PASSIO
A cegueira da paixão,
Aquela inconsequente e
suicida,
De entrega absoluta, de
irresponsável senso...
Temo que as frestas de
minha visão estejam destrancadas
E agora, de olhos
abertos,
Eu não consiga mais
mergulhar nesse abismo sem fundo, de tantos perfumes e sensações devastadoras.
Já quebrei todos os meus
ossos
E chorei todos os rios
de desilusão.
A cegueira se dissipou e
me atracou no cais,
Onde os pés se fincam
firmes
E a razão é meu império
de conforto.
Meu coração sente falta
da deriva do desejo,
Do desconforto da
espera,
Do alvoroço do encontro.
***
Meu coração jovial sabia
ter cor na guerra.
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