terça-feira, 6 de novembro de 2012

Lenda da Cigana Rebeca Mallon




 Esta lenda foi contada por dona Helena Mallon e ela me pediu para colocá-la na Internet:
Na Idade Média um grupo de ciganos, que tinha como principal atividade fabricar malas grandes, foi vítima de saqueadores. Com poucos recursos, estes ciganos tiveram que parar no local mais próximo que era uma vila na fronteira entre a Espanha e a França. Assim, mesmo com material escasso, eles continuaram a fabricar malas grandes e como não tinham sobrenome, estes ciganos foram apelidados de “Mallon”, que significa mala grande no dialeto do povo local.
Neste grupo de ciganos, existia Rebeca, uma cigana que curava as pessoas com ervas e simpatias. Porém, sua fama se espalhou tanto que chamou a atenção dos inquisidores e por isto a pobre foi condenada, injustamente, à pena de morte sob a falsa acusação de bruxaria.
Na hora da condenação, quando o algoz tentou colocar fogo, as chamas se apagaram sem nenhuma explicação. Então, os inquisidores resolveram enforcar a moça. Porém a corda partiu-se sem ferir a jovem.
O sacerdote que estava acompanhando a execução pediu para que Rebeca fosse libertada, pois aquilo tudo significava que a cigana era inocente. Deste jeito a moça continuou curando as pessoas com ervas e rezas.
O tempo passou, ela envelheceu, e no seu leito de morte disse:
- Meu povo foi vítima de saqueadores e por isto sei que esta situação não é fácil. Então prometo que quando eu desencarnar, meu espírito ajudará a estas vítimas. Colocarei malas enormes, verdadeiras “mallons”, recheadas de artigos úteis no meio das estradas como presentes para estas pobres pessoas.
Após falar estas palavras a cigana faleceu. Reza a lenda que, naqueles arredores, quando alguém era saqueado, sempre achava uma mala enorme repleta de coisas úteis no meio do caminho.
Por causa das malas enormes, que os ciganos de Rebeca fabricavam, surgiu o sobrenome “Mallon” entre a França e a Espanha.

Luciana do Rocio Mallon e Helena Mallon




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