domingo, 4 de novembro de 2012

O amor.




É verdade que me procurastes? Ela perguntou enquanto semeava. O cheiro da terra, as sementes na mão dela e o iniciar do dia. Ele pediu que ela parasse um pouco. Precisavam conversar.

Ela ergueu os olhos.

Ele sentou-se numa pedra e disse que precisava falar do amor que o tempo não congelou embora o inverno tentasse. Ela sorriu, abaixou os olhos e continuou a semear. Então ele disse que bom seria se o amor fosse como uma daquelas sementes que a terra se encarrega de destinar.
Ela ergueu novamente os olhos e disse:
assim é.

Uma revoada de pardais encerrou a conversa.
V v v
V

 (Mara Paulina Arruda)

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